Este não é um poema, faço trinta anos hoje dia 3 de setembro de 2007 e quero deixar uma mensagem especial para todos os meus amigos.

Vivemos presos no meio do mundo, um mundo que nós proprios criamos, temos momentos de amizade uns com os outros, mas nunca ou raramente nos libertamos desse mundo.
Concebemos a solidão mas temos medo dela, não a disfrutamos como se disfruta de uma boa amizade, esta é uma amizade com o nosso eu interior.
No entanto o ser humano que saiba estar só, sabe viver no mundo porque a ele nada mais lhe faz falta, ele basta-se a ele próprio e vai disfrutando do mundo em “doses suaves”.
Todo o homem deveria usufruir de momentos de solidão, e solidão ao contrário do que muita gente pensa não é sinónimo de tristeza mas sim de sabedoria, pesquisa interior, filosofia, entre tantas outras palavras que possam descrever a forma de ser livre e viver no mundo mas não dentro dele.
A solidão obriga-nos também a pensar sobre os erros que cometemos e ajuda na sua resolução interior para depois os resolvermos no exterior.
Portanto meus amigos, todos, os de coração, os que estão longe, os que estão perto, os que estão comigo no meu pensamento, agradeço-vos a todos o facto de quererem estar comigo neste dia tão especial para mim, mas encontro-me num local onde me consigo reencontrar como pessoa e ou ser humano que sou, gostava que todos estivessem comigo neste dia, palavra que gostava, era o que mais queria.
Mas neste dia tão especial decidi querer estar sozinho neste local maravilhoso, unicamente estará comigo algumas horas a minha mãe, esse ser maravilhoso e belo que me ajuda em todos os momentos da minha vida, é com emoção e convicção que escrevo que te amo mãe.
Muitos de voçês já me ligaram a dizer que sou louco e até sou de certa forma. Mas viver é isto mesmo é ser louco, uns dias são solitários outros são recheados de amizade, alegria e por vezes tristeza. Aqui encontro-me quando ando perdido, aqui faço paz comigo e com Deus, aqui mantenho aberto o meu espirito para que com ele se façam coisas boas e positivas na minha vida.
Qualquer ser humano deveria usufruir deste bem, desta paz interior. Hoje não vou escrever poesia, ou algo parecido, ao contrário quero deixar algumas palavras vindas do meu interior.
Aqui ouço as ondas do mar que batem levemente na areia e formam um ruido belo, adormeço com este som suave e mantenho-me distante do pensamento. Mantenho-me perto da minha essência, aqui sou livre. A liberdade existe no mar e é tão vasta quanto ele.
Aqui ouço o riso das crianças brincarem na areia, são felizes, ouço as gaivotas, ouço as pessoas, os velhos e as ondas batem na areia. O mar é calmo e ofusca a solidão, também me dá prazer o Sol e faz de mim um ser feliz. Este mar é tão meu confidente que o procuro em qualquer praia, cabo ou ravina.
Aqui neste pontão ninguém me vê chorar ou rir. Ninguém me ouve, ninguém me fala. Aqui sou eu livre e puro.

Obrigado a todos por estes trinta anos, quero-vos junto a mim pela eternidade do mundo, junto a mim. Amo-vos meus amigos, a todos.

Guilherme ou Gui, Guilhas

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