Ontem deitei-me junto á janela
Ouvindo o sussurro de uma estrela
Senti que não estava só
Pois a estrela acompanhava o meu respirar

Ontem deitei-me no leito de uma cama
Adormeci na madrugada fria
Inquieto pela incerteza de um doce beijo
Contei aos meus sonhos o que sentia

Ontem deitei-me e vi a lua sorrir
Vi o mar chorar
E ouvi uma estrela sussurrar
Mas o que é que eu sinto que não sei explicar
Que força, que sombra, que vida que não sei viver
Que estremece com a minha sombra e me faz voar
Me devora e me consome até ao ultimo folego
Que vida,
Que amor,
Que alma,
Que sonho que vivo e teimo viver
Que Deus teimo procurar…
Sem encontrar…
Sem viver
Morrendo cada dia
De esperança por saber que não sei viver
Que madrugada aflita no meio da noite
que Infeliz me torna ao sentimento vivido
Que sonho bom ou mau onde sou Vilão
Que sombra que me consome o real e me torna irreal
Que morte,
Que vida,
Que vivo em desespero,
Que angustia de viver e ser feliz
Que remorso de não ser feliz
Que desperdício de vida que tento consumir
O meu coração…
Assemelha-se a uma guitarra que toca
Que liberta um acorde num ultimo refrão
Querendo pôr um fim a uma musica sem sentido
Um acorde que me liberta e me faz vibrar
Me faz chorar, me faz sentir, me faz sonhar
Que vida sem alma, sem querer
Que liberta o meu poder
Que energia pura ou viva
Que se entrega nesta noite
A um romântico apaixonado
Pela vida
Que morte consumida
Pela duvida
(Risos)
Porque ris? Porque sonhas?
Porque és?
Porque gosto! Porque Amo!
Porque Sou!

Sinto-me pairar no ar
como se voasse por entre os tempos
Procurei
E não sabia o que iria encontrar
O que iria sentir
Não sabia o que iria pensar
Pois bem…
Amei o momento
Foi demasiado bom
Direi mesmo extasiante
Passados tantos anos
Sentir ainda algo mais forte
Pareceu-me que tudo finalmente tinha um propósito

E quem és tu?
Que perguntas por mim?
pelas ruas…
Fazes chegar a tua voz bem perto
Sussurras ao meu ouvido durante a noite
Anjo mau
E Quem és tu?
Que te escondes por entre a multidão
Por entre as casas
Fazes com que me encontrem no meio da chuva
Tocas-me no ombro
Mas não deixas ver o teu rosto
Quem és tu?
Sombra ou raio de luz
Que me assombra
Que me atormenta
Que dá vida a esta alma
Que me despoja de remorsos
E me torna real por momentos
Quem és tu…
Princesa morta ou Rainha viva
Que entras no meu templo e me fazes curvar perante o teu rosto
E me convertes num pássaro livre

Alguém pegou nas minhas palavras
Numa sexta á noite
E mostrou ao mundo
Alguém deu valor aos meus sentimentos
E compreendeu o que senti
Alguém fez um monólogo sobre o amor
Obrigado…
Do fundo deste coração Obrigado
Não consegui conter a lágrima que escorria
Enquanto tu falavas…
Confundindo-se com os sorrisos seguintes
Das tuas proprias palavras
Obrigado
Foste simplesmente alguém
Que me deu um presente para toda a vida
Conheço-te tão pouco e tu de mim sabes tanto
Obrigado
Não sei se deva escrever o teu nome
Optei por não o escrever
Mas sabes quem és…
Vou lembrar-me de ti para sempre

Deito-me e acordo
Acordo na madrugada
Á espera de álguém que note um qualquer sorriso meu
Acordo porque não sei já dormir
Acordo porque não consigo sonhar
Acordo e escrevo algo que não tem fim
Acordo e dou comigo a escrever palavras que não sei falar
Sentindo-me sem rumo
Sentindo que a vida passou a correr
E adormeço…
Adormeço pensando que tenho medo
Medo de morrer
Medo de ter desperdiçado a minha vida
Medo de não conseguir amar
Preciso de alguém que me faça sentir vivo
Preciso de alguém que preencha as minhas linhas
Preciso de alguém que apague as minhas madrugadas
Encontra-me
Sei que estás ai
Sei que queres falar mas tens medo
Pois falaremos por códigos
Fala-me…
Escreve-me…
Ama-me no teu intimo
Usa magia para falar comigo
Eu consigo ouvir-te…
Usa a tua alma
Fala-me…

Que vida é esta
que vivo em desespero
Os nossos caminhos nao se econtraram
Mas a minha alma continua a procurar a tua
A tua alma sente a minha
O meu coraçao bate com o teu
E eu nao sou teu
E tu nao és minha
E estas no meu coracao
ès o meu querer
ès o meu pensamento
Ansiamos por momentos de prazer
E os nossos corpos tocam-se em sonhos
Estás nos meus sonhos
Nos meus mais intimos desejos
Mas longe do meu viver
Que vida dividida
Que dor sem vida
que dor de amor por ti…

O meu coração
É um caminhante sem mapa
Que perde o seu destino através de uma longa caminhada
As ruas são estreitas
Visto do céu
Ele caminha por um labirinto
De vez em quando encontrando pedaços de doce amor
O meu coração aliou-se à vida
Para seguir um caminho certo
Mas juntos continuam a bater nas portas erradas
Andam os dois pelas ruas
Pelos cafés
Bebendo luxúria
Procurando carinho
Encontrando desgraça, dor
Espalhando vitória, morte, amor…
Andam estes dois levando-me para um lugar
Onde ninguém me encontra
E lá falamos durante horas
Madrugadas, dias…
Amamos as mais bonitas mulheres…
A vida com a experiência…
O coração a vontade de amar
De sentir… de percorrer novos caminhos…
E eu sigo os dois como um menino
Que se agarra com toda a sua força
À mão da mãe…
E seguimos os três por um labirinto
Perdendo-nos por entre a multidão
Pelas ruas
Choramos juntos
E as nossas lágrimas
Formam por momentos pequenos rios…
Sorrimos de alegria
Sofremos de amor
O coração precisa de mim para viver
E eu amo a vida
Sigo-a por onde ela me levar
E no final teremos um mapa completo
De todas as casas
Os nomes das pessoas
As arvores…
As ruas…
Por onde passámos
No final ficaram as palavras
As histórias
Os contos…

Dou comigo a escrever
Não sei que nome devo dar a estas palavras
Uma escrita que vem de dentro
Profunda demais para não ser real
Adoro a vida
Amo viver
E não acredito que nenhum animal
Não sinta o mesmo que eu
O mesmo prazer em viver mais um segundo
Viver…
Sentir o real
E os Animais lutam no esforço pela vida…
E nós construímos monumentos
Para as matanças
De animais…
Muitas em Louvor a Deus
Com toda a certeza: O vosso Deus não é o meu…
Se ao menos lhes déssemos a oportunidade de viverem
Assim como lhes damos um ultimo golpe…
E um ultimo suspiro
E ainda assim perguntam-me porque deixei de comer carne
O verdadeiro “animal” é o Homem
Irracional por acaso
E o único que consigo ser capaz de desprezar totalmente…
Razões pelas quais me envergonha a humanidade…