Amo-te aqui…
Em Lisboa, pelas ruas frias
E as paredes antigas
Não tão longe de Sintra
Mas assim como te sinto e quero dizer-te
Amo-te…
Nem só o tom do teu sorriso
Mas também o brilho do teu olhar
Ou o simples silêncio da nossa conversa
E aqui eu amo-te
Aqui eu vivo
Neste tempo com estes meus olhos iguais
Envelhecidos ou esquecidos
Como palácios antigos sem Reis nem Rainhas
Por vezes os dias passam
E são iguais
È como eu te amo
Sem saber dizê-lo
Mas querendo escrever o teu nome
Para que todos saibam
Nas paredes…
Aqui eu amo-te
Sem sombra de duvida
Neste crepúsculo lento
Um fim de tarde em Lisboa
Nesta noite submersa em Sintra
Terra e época em que vivo
Em que me alimento da minha fome de te amar
Na qual eu sou feliz por te ter encontrado
Mês: Janeiro 2008
Quero saber se vens comigo
De mão dada nesta noite fria
Se vens e vais
Se ficas…
Quero saber se estás comigo
Para te invadir em tumulto
Sem que te apercebas da minha chegada
Quero saber se me dás a mão
Para caminhar contigo
E a compasso dançar com os teus olhos
Uma valsa sem musica ou cantando
Quero saber se estás comigo para eu ser perfeito
Quero saber de ti…
E sentir-te uma arte completa no meu ser
Saber amar-te na época em que vivo…
Sobrevoo sobre uma terra intensa
A sombra do meu ser material
Deixou já de me perseguir
Navego pela porta da alegria de viver
E sentir…
Viver o momento que não mais existe
Que é único no seu universo temporal
Respiro-o e dou-me conta de que vivo
Nesse momento olho as coisas
São unicas e verdadeiras
E vislumbro…
Olho as paredes e as casas
As pessoas que passam por mim estão paradas
Neste momento sou eu que me sinto vivo
E olho através de maya
A ilusão que nos impede de sermos quem somos
Voo e sobrevoo cada centimetro de oxigénio
Cada milimetro de átomo que é nosso
Mas que a consciência não distingue ainda
Sou feliz neste momento…
Vou andando e passando a contrapasso
Nestes segundos que meço
Com a minha própria alma…
Estas palavras são para um homem
Cujo valor para mim é sinónimo de luta
Aventura, alegria, carinho
Amizade
Cujo o abraço por tempo algum que passe
Fica sempre na lembrança
Estas palavras dispersas entre tantas outras
São para o meu avô
Quero-te bem de novo para termos tempo para rir
Estarei em breve contigo
Não esqueças de ser tu próprio
E sê livre em qualquer circunstancia
Encara o medo de frente
E deixa-te levar pela intuição
Nunca temas a mudança
E confia sempre nele
Se errares levanta-te
Confronta-te com o erro que cometeste
Entrego,
Confio,
Aceito,
Agradeço…
Ama todos os seres
Aprende o mais que possas
Ajuda todos…
E nunca desperdices os momentos que tens
Tenho sede de viver
Quero ser e não ter…
Sentir e mudar…
Vou por aí ás escondidas
Sintra… Estrada velha
O ar antigo das palavras
Das frases e dos caminhos
Dos risos… sorrisos…
Chuva intensa de Outono…
Será um crime amar a noite?
Quem sabe a Lua…
Quero-a em pedaços…
A noite e o mundo
Num só local…
Onde todos entendam o silêncio
E lhe prestem homenagem…
Tem saudades das palavras
Aquela que da saudade
Transforma a vida em liberdade
Que oculta no tempo a esperança
Da eterna busca da felicidade
Quem tem saudades das palavras…
È quem viu e sente o cheiro do mar
Sem estar perto da areia da praia
Do vento, senhor do tempo
Da terra molhada…
Chuva de Outono…
Sol de verão…
Amanhecer de Primavera!
Para quem tem saudades das palavras
Aqui vão elas…
Puras
Cristalinas e sem temor…